Luiz Henrique, atacante do Botafogo, superou nomes como Lionel Messi, do Inter Miami, e foi eleito o Rei da América em 2024. A eleição é anualmente realizada pelo tradicional jornal El País, do Uruguai, com votos de 244 jornalistas esportivos.
Autor de um dos gols do Glorioso na vitória sobre o Atlético-MG na decisão da CONMEBOL Libertadores e peça fundamental na equipe do técnico Artur Jorge para o título do Brasileirão, Luiz Henrique foi escolhido com larga vantagem, recebendo 128 votos.
Ao longo da história, a lista dos chamados ‘Reis da América’ contam com nomes que hoje brilham no futebol internacional, com craque com destino indefinido e até mesmo com um ídolo do Grêmio sem clube. Veja abaixo a lista com os últimos atletas que venceram o prêmio e como estão hoje.
2023 - Cano (Fluminense) 1a6221
Antes de Luiz Henrique, o posto de Rei da América era de Germán Cano. O atacante do Fluminense tornou-se o vencedor mais velho da história.
Campeão da Libertadores de 2023, Cano anotou 40 gols na temporada, sendo o artilheiro máximo da CONMEBOL Libertadores, conquistada pelo Fluminense, com 14 gols.
Atualmente, Cano segue no Tricolor, mas viveu um 2024 bastante diferente. Foram apenas sete gols, com o Tricolor brigando contra o rebaixamento no Brasileirão até a última rodada.
2022 - Pedro (Flamengo) 4py6v
O atacante do Flamengo foi o grande nome da conquista do tri da América do Rubro-Negro. Foram 12 gols anotados na competição. Atualmente, Pedro se recupera de uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo sofrida em setembro de 2024.
A expectativa do Flamengo é contar com o jogador no Mundial de Clubes. A competição acontece tem início marcado para junho.
2021 - Julián Álvarez (River Plate) h1a50
Hoje no Atlético de Madrid, Julián Álvarez venceu o prêmio em 2021, ano no qual ainda defendia o River Plate. O futuro do atacante desde então foi brilhante. Negociado com o Manchester City, o garoto, de quebra, foi peça-chave na conquista da Copa do Mundo de 2022 com a Argentina, no Qatar.
Porém, sem espaço no clube inglês por conta da presença de Erling Haaland, Álvarez se transferiu para o Atlético de Madrid. Ainda com 24 anos, o atacante soma 14 gols e cinco assistências em 36 partidas na temporada 2024/2025.
2020 – Marinho (Santos) 3x644c
Vice-campeão da CONMEBOL Libertadores com o Santos naquele ano, Marinho permaneceu no Peixe por mais dois anos. Até que, em 2022, se transferiu para o Flamengo. Por lá, o atacante fez parte das campanhas dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores do time carioca.
Mas, sem espaço, Marinho acabou se transferindo para o Fortaleza. Pelo time cearense, o experiente atacante foi um dos destaques do time de Juan Pablo Vojvoda, que garantiu vaga na Libertadores de 2025.
2019 - Gabriel (Flamengo) 4f441q
Os 43 gols em 59 jogos, dois deles que deram o título da Libertadores ao Flamengo contra o River, exemplificam como foi a temporada de sucesso de Gabigol, coroado Rei da América em 2019. O atacante também foi campeão brasileiro e carioca, o que fez o clube desembolsar algo próximo a 18 milhões de euros (R$ 83,5 milhões na época) para tê-lo em definitivo.
Gabigol se tornou um dos maiores nomes da história do Flamengo ao conquistar outros títulos com a camisa do time carioca, dentre eles a Libertadores de 2022, também com direito a gol na final.
Porém, em 2024, após atritos com o técnico Tite e com a direção do clube, Gabriel não chegou a um acordo de renovação e anunciou sua saída do Flamengo. A expectativa é que para 2025 ele seja reforço do Cruzeiro.
2018 - Gonzalo 'Pity' Martínez (River Plate) 3f3f2i
Foi provavelmente o grande nome do River campeão da Libertadores em 2018, em final contra o Boca Juniors que foi decidida em Madri. Chamou atenção de clubes europeus, mas acabou se transferindo para o Atlanta United, da MLS, que pagou cerca de US$ 16 milhões pelo seu futebol.
Ficou pouco tempo nos Estados Unidos, somente até parte do ano de 2019, quando foi vendido ao Al-Nassr, da Arábia Saudita, por US$ 17,6 milhões. Até que, em 2023, o astro acertou seu retorno ao River Plate. Porém, mesmo “em casa”, o argentino não conseguiu demonstrar o mesmo futebol de 2018.
2017 - Luan (Grêmio) 60514i
Talvez o grande exemplo de queda vertiginosa após conquistar o prêmio de melhor do continente. Luan foi a estrela do Grêmio campeão da Libertadores em 2017. Sua presença na Copa do Mundo do ano seguinte parecia uma questão de tempo. O meia-atacante não só foi preterido por Tite, como entrou em uma espiral negativa de lesões, atuações ruins e críticas.
Sem ver sinais de melhora no desempenho de seu antigo craque, o Grêmio abriu mão de seu futebol, vendendo-o ao Corinthians, por onde não deixou saudades. O meia-atacante ainda retornou ao Grêmio, ou por Santos e Vitória, mas também não conseguiu brilhar. Atualmente, Luan está sem clube.
2016 - Miguel Borja (Atlético Nacional) 38s5n
Arruinou o São Paulo na semifinal da Libertadores, levou o Atlético Nacional ao título continental e ganhou o prêmio de melhor jogador da América em 2016. Aqueles meses impressionantes pareciam apenas o começo de uma trajetória de sucesso do artilheiro colombiano. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Com pompas de estrela, Borja foi comprado pelo Palmeiras por US$ 10,5 milhões em 2017, valor jamais correspondido pelas atuações do camisa 9. ou a ser emprestado a outros clubes, preterido por muitos atacantes sem a mesma fama no Verdão até ser vendido de uma vez por todas ao Junior Barranquilla, da Colômbia.
De lá, Borja foi ao River Plate, clube que defende atualmente. Na última temporada, o colombiano marcou 32 gols e concedeu quatro assistências em 52 jogos.
2015 - Carlos Sánchez (River Plate) 1x2434
Então com 31 anos recém-completos, o uruguaio fez sucesso pelo River campeão da Libertadores em 2015, após um empréstimo ao Puebla, duas temporadas antes. Suas atuações pela equipe de Marcelo Gallardo, porém, não ocasionaram grandes ofertas de trabalho.
Ficou no Monumental de Nuñez até janeiro de 2016, quando se transferiu sem custos para o Monterrey, do México. Saiu dois anos e meio depois para reforçar o Santos, onde brilhou muito em 2019, nas mãos de Jorge Sampaoli, e virou referência para a torcida. Enfrentou lesões no futebol brasileiro que impediram que sua melhor fase se prolongasse. Hoje com 40 anos, o uruguaio está no Montevideo FC.
2014 - Teófilo Gutiérrez (River Plate) m1b3t
Primeiro colombiano eleito desde Carlos Valderrama, em 1993, o atacante foi mais um do River a ser premiado pelo El País. Honraria justa para quem era a estrela do time campeão da Sul-Americana e que fez 28 gols em duas temporadas.
Seu o seguinte na carreira foi o Sporting, de Portugal, que pagou US$ 4 milhões para tê-lo. Após 15 gols em 32 jogos, voltou à Argentina, mas emprestado ao Rosario Central. Depois disso rodou pelo Junior Barranquilla, Deportivo Cali e hoje está no Real Cartagena, mas longe de mostrar aquele instinto artilheiro dos tempos de Rei da América.
2013 - Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG) j4040
É claro que os melhores anos da carreira do R10 já haviam ado quando ele chegou ao Atlético-MG. Mas o prêmio de melhor do continente foi justíssimo para quem liderou o Galo rumo ao primeiro título da Libertadores com belos gols, lindas jogadas e o carisma de sempre.
Foi a última gota de bom futebol do astro. Em 2014, Ronaldinho renovou contrato, mas saiu antes do compromisso acabar, após a chegada de Levir Culpi. Transferiu-se para o Querétaro, do México, e voltou ao Brasil para encerrar a carreira no Fluminense, depois de somente nove jogos em 2015. Bem pouco para um talento imenso como o do ex-camisa 10 da seleção.
2011 e 2012 - Neymar (Santos) 5k672e
Último a ganhar o prêmio por dois anos consecutivos. Neymar foi o craque do Santos tricampeão da Libertadores, em 2011, e vencedor da Recopa no ano seguinte. Era, disparado, o melhor jogador em atividade no continente.
Foi também o que mais explodiu na carreira depois do prêmio, até porque não havia chegado ao auge. Transferiu-se para o Barcelona em 2013, formou um tridente incrível de ataque com Messi e Suárez capaz de ganhar todos os troféus possíveis.
Quatro anos depois, virou o jogador mais caro do mundo (222 milhões de euros) ao ser comprado pelo PSG. Atualmente, o astro veste a camisa do Al Hilal, da Arábia Saudita, clube pelo qual pouco conseguiu atuar, uma vez que, no final de 2023, sofreu uma grave lesão ligamentar, que o afastou por mais de um ano dos gramados.
Veja outros vencedores do prêmio "Rei da América":
1986 - Antonio Alzamendi (River Plate)
1987 - Carlos Valderrama (Deportivo Cali)
1988 - Rubén Paz (Racing)
1989 - Bebeto (Vasco)
1990 - Raúl Amarilla (Olimpia)
1991 - Oscar Ruggeri (Vélez Sarsfield)
1992 - Raí (São Paulo)
1993 - Carlos Valderrama (Junior Barranquilla)
1994 - Cafu (São Paulo)
1995 - Enzo scoli (River Plate)
1996 - José Luis Chilavert (Vélez Sarsfield)
1997 - Marcelo Salas (River Plate)
1998 - Martín Palermo (Boca Juniors)
1999 - Javier Saviola (River Plate)
2000 - Romário (Vasco)
2001 - Juan Román Riquelme (Boca Juniors)
2002 - José Cardozo (Toluca)
2003 - Carlos Tévez (Boca Juniors)
2004 - Carlos Tévez (Boca Juniors)
2005 - Carlos Tévez (Corinthians)
2006 - Matías Fernández (Colo-Colo)
2007 - Salvador Cabañas (América)
2008 - Juan Sebastián Verón (Estudiantes)
2009 - Juan Sebastián Verón (Estudiantes)
2010 - D'Alessandro (Internacional)