Palmeiras, Flamengo e Fluminense carregam mais semelhanças que os títulos de CONMEBOL Libertadores nos últimos anos e que permitiram representar o Brasil e a América do Sul no Mundial de Clubes, cuja abertura será no próximo sábado (14). Fora de campo, mais especificamente nos ares, a logística do trio guarda uma curiosidade: Alviverde, Rubro-negro e Tricolor se organizaram para utilizar o mesmo avião que transporta as delegações rumo aos Estados Unidos.
Um mesmo Boeing super luxuoso, contratado junto a uma “charteira” norte-americana especializada em voos fretados, levou o Fluminense do Rio de Janeiro para Colúmbia, na Carolina do Sul, no último dia 6, voltou ao Brasil para buscar o Palmeiras e decolar de São Paulo rumo a Greensboro, na Carolina do Norte, na última segunda-feira (9) e repetirá a programação para conduzir o Flamengo do Galeão (RJ) até Atlantic City, em Nova Jersey, em voo que parte na noite da próxima quarta-feira (11).
Foi justamente o fato de precisar dividir a aeronave com os outros dois clubes brasileiros que fez o Fluminense embarcar tão cedo para os Estados Unidos. O clube, bem como Palmeiras e Flamengo, entendia que o mais importante era priorizar o conforto da delegação num longo deslocamento. Todos os 82 assentos do avião são de classe executiva – que se transformam em cama.
O trio brasileiro precisou de agilidade e investimento para tirar do papel a ideia de elevar o nível de conforto e minimizar o desgaste dos atletas que chegam a realizar treinamentos nos Estados Unidos no mesmo dia do desembarque em solo americano. Outros gigantes do futebol mundial sondaram a empresa que fechou contrato com Palmeiras, Flamengo e Fluminense.
O Manchester City estava de olho na utilização da aeronave. A charteira, no entanto, viu os brasileiros correrem para fechar o negócio antes. Além disso, a empresa norte-americana entendeu que teria rendimentos melhores fechando os três voos desta semana no lugar de apenas um entre Inglaterra e Estados Unidos. O City não conseguiu mobilizar outras equipes da região para armar a logística, bem como fizeram os brasileiros.
Vencer até a concorrência de um time da representatividade atual do Manchester City demandou um alto investimento do trio. Somente o voo de ida tem um custo aproximado de 600 mil dólares (R$ 3,3 milhões) para cada clube. Fechando ainda a volta na mesma aeronave fretada e luxuosa, o pacote sai a cerca de R$ 6 milhões por time.
A Fifa disponibiliza cerca de R$ 2,2 milhões para o deslocamento de cada clube até o Mundial – valor correspondente a 55 agens executivas para as delegações. Todo o valor excedido é bancado pelos clubes.
Logística própria: Botafogo não entra no plano 1t18d
Atual campeão brasileiro da Libertadores, o Botafogo não usou a mesma aeronave de Flamengo, Fluminense e Palmeiras e optou por uma logística própria para viajar rumo aos Estados Unidos.
Depois de ter problemas na viagem para a Copa Intercontinental, em 2024, quando usou um avião do New England Patriots para ir para Doha, no Qatar, o clube carioca contratou uma nova empresa. Na ocasião, os próprios jogadores, como até mesmo o zagueiro Alexander Barboza, reclamaram das condições da aeronave depois da derrota para o Pachuca, do México.
No último domingo, a delegação alvinegra embarcou em um Airbus da empresa americana National Airlines. A aeronave contava com 294 assentos, sendo 49 na Classe Econômica .
Vale destacar que ao contrário dos outros times brasileiros que estão disputando o Mundial, o Botafogo está na Costa Oeste do país, mais precisamente na cidade de Santa Bárbara. Por conta disso, teve que pegar um voo até Los Angeles para depois seguir em transporte terrestre até o hotel em que está hospedado.
O Alvinegro estreia no Mundial neste domingo, às 23h (de Brasília), contra o Seattle Sounders.