O Corinthians informou à Justiça que está readequando seu plano de pagamento de dívidas no RCE (Regime de Centralização de Execuções).
A informação foi dada pelo clube em petição enviada ao tribunal no fim da semana ada, na qual o clube responde questionamento feito por credores.
No total, o Corinthians tenta centralizar o pagamento de cerca de R$ 367 milhões em dívidas com empresários, ex-jogadores e fornecedores.
Entre alguns pontos prometidos pelo Corinthians no novo planejamento, estão a disponibilização de documentos em sítio eletrônico e até questões mais complexas, que demandariam do acervo contábil do clube, como percentuais de destinação de receitas para os respectivos pagamentos.
O clube prometeu revisitar os pedidos feitos por credores e adequar o plano de pagamento para acomodar os interesses e questões levantadas por diversas pessoas e empresas que possuem valores por receber do Corinthians.
O único ponto que o clube rejeitou atender foi um pedido feito pela Link Assessoria, do empresário André Cury. A empresa pede que o Corinthians anexasse ao tribunal cópia de seus extratos bancários, direitos televisivos e outros contratos para constatação de sua realidade financeira.
Para o clube, disponibilizar tais documentos em nada contribuiria para a homologação do plano retificado a ser proposto e apenas deixaria o procedimento mais complexo. O Corinthians também questionou as intenções da Link.
"Pelo elevado nível de litigiosidade do referido credor, põe severa dúvida sobre o real propósito da solicitação de tais documentos", disse o clube. A empresa de Cury vem tentando derrubar o RCE e acusando o clube de fraude processual contra credores.
Entre aqueles que reclamaram do plano de pagamento, além de Cury, estão escritórios de advocacia e outras empresas ligadas a empresários. A Pixbet também é uma das que questiona o RCE e, inclusive, já respondeu à petição do clube.
A casa de apostas reiterou que existe omissão de clube e Justiça quanto ao percentual de faturamento que será adotado para destinação do pagamento dos credores. Por exemplo, o clube ofereceu apenas 4% de sua receita, enquanto os credores querem, por força de Lei, pelo menos 20%.
A antiga patrocinadora máster alvinegra também exigiu documentos contábeis e que o Corinthians tenha apenas 60 dias para homologação do plano, e não 180, entre outros pedidos.
Em fevereiro, o Corinthians ofereceu plano de pagamento com prazo de quitação em 10 anos. Tudo seria pago com 4% das entradas de caixa referentes a receitas recorrentes e 5% das entradas de caixa referentes a receitas de venda de direitos econômicos de jogadores, alocadas em leilões reversos, com deságio mínimo de 30%. O clube também quer que "credores parceiros" tenham benefícios no plano de pagamento.
Procurado pela ESPN, o clube disse que não comenta processos em andamento.
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